sexta-feira, 10 de setembro de 2010

FENECIT ( Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia)

O DIA SERÁ
16  DE SETEMBRO DE 2010 .

Qual a importância ambiental das reservas legais e matas ciliares?


As reservas legais e especialmente as matas ciliares cumprem a importante função de corredores para a fauna, pois permitem que animais silvestres possam deslocar-se de uma região para outra, tanto em busca de alimentos como para fins de acasalamento.
Além disso, as matas ciliares e outras áreas de preservação permanente permitem ao proprietário diminuir os problemas de erosão do solo e manter a qualidade das águas dos rios e lagos da propriedade. Por fim, as matas nas propriedades particulares produzem muitos alimentos de grande importância para a fauna e para o homem. O equilíbrio ecológico só é possível, de fato, com o manejo adequado das florestas e matas e preservação do meio ambiente.

O que é microclima?


Os microclimas correspondem à variações climáticas que acontecem numa área dominada por um determinado tipo de clima. No relacionamento com o meio natural, o homem provocou alterações nas condições do clima em trechos restritos da superfície terrestre, como, por exemplo: nas grandes cidades, onde existem muito asfalto, concreto e poucas áreas verdes; em áreas que tiveram suas florestas derrubadas, ou onde se formaram grandes represas (lagos artificiais).

Em um bosque frondoso, a copa das árvores acumula a maior parte da radiação solar, o que significa que o chão, permanecendo quase todo o dia na sombra, é bem mais fresco. Assim se define um microclima - ou seja, um local restrito, ou isolado da região e seu entorno. A evapotranspiração, que é a perda de água do solo e das plantas através da transpiração, também favorece a manutenção de um microclima agradável.

As metrópoles são outro tipo de microclima - nesse caso porque geralmente estão cobertas por massas de ar quente, situadas a cerca de 120 metros de altura, criadas pela poluição e pela absorção de radiação. O resultado é a criação de ilhas de calor: assim, a temperatura no centro de uma cidade, por exemplo, pode estar 6 graus Celsius acima daquela registrada em bairros distantes (ou mais arborizados) e da zona rural.


Esquema simples do ciclo da água que exemplifica a formação de um microclima local com temperaturas mais amenas.
 

ANEXOS



Aquecimento global já pode ser sentido.

Desde a criação, a Terra sempre esteve em constantes mudanças de temperatura, em ciclos de milhares de anos de aquecimento e glaciação causados por fenômenos naturais. A partir da Revolução Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova realidade: a mudança de temperatura causada pelo homem através da poluição. Este problema começou a ser sentido nos microclimas, com o aumento da temperatura nos grandes centros urbanos e mais recentemente no macroclima, com o aumento do nível do mar, uma ameaça em escala global que pode causar escassez de alimentos e graves problemas sociais.
São vários os fatores, apontados por ecologistas e cientistas, que provocam essas mudanças climáticas, tais como o efeito estufa, buraco na camada de ozônio, poluição atmosférica e aumento na produção de gás carbônico. A principal conseqüência é o aquecimento do clima da Terra, provocando o aumento da temperatura dos oceanos e o derretimento das geleiras. Entre previsões apocalípticas e a realidade há uma grande distância, já que as projeções com modelos matemáticos levam em conta diferentes variáveis, mas o fato é que o planeta está ficando mais quente e o nível do mar está subindo.
Vista da praia da Ilha Tuvalu
Há alguns fatos que podem ser considerados como indícios do aquecimento global e da elevação dos oceanos. O nível do mar está subindo e em alguns lugares os efeitos já estão sendo sentidos. A ilha Tuvalu, que fica no Sul do Oceano Pacífico, enfrenta o aumento da ocorrência de ciclones tropicais na última década, causados pelo aumento da temperatura das águas superficiais do oceano, o que interfere na ocorrência das tempestades. Mas o problema maior é a elevação do nível do mar, inundando as áreas mais baixas, com a água salgada contaminando a água potável e a agricultura. Os líderes da população de 11 mil habitantes decidiram abandonar a ilha neste ano, e serão recebidos pelo governo da Nova Zelândia.
Na Holanda, onde boa parte do território da costa do país foi construído através de diques no mar do Norte, há muita preocupação com a subida das águas e são feitos monitoramentos constantes.
Nukufetau é um dos nove atóis da Ilha Tuvalu
Os pesquisadores Joseph Harari e Carlos Augusto Sampaio França, do Instituto Oceanográfico da USP, afirmam que o caso das ilhas Tuvalu é um exemplo de variação global das condições climáticas do planeta, segundo os dados apresentados na literatura científica. "A elevação do nível médio do mar não é uma questão catastrófica ou alarmante, mas uma questão preocupante que pode se tornar alarmante. O controle das emissões de gases na atmosfera é imprescindível", afirma o Harari.
Harari diz que a elevação do nível do mar não se dá apenas devido ao derretimento de gelo e aumento de massa, mas também pela expansão térmica da massa líquida do oceano e conseqüente aumento de volume. Cálculos matemáticos indicam que o efeito da expansão térmica é bem mais importante do que o derretimento das geleiras.
Segundo ele, é preciso esclarecer alguns pontos no processo do aumento das águas. "O buraco da camada de ozônio não tem relação direta com o efeito estufa, apesar de ambos terem uma origem comum: a poluição causada pelas atividades humanas. Portanto, não há relação direta entre os aumentos do buraco na camada de ozônio e a elevação do nível do mar", explica Harari.
Os níveis da água do mar
Um dos trabalhos mais respeitados pela comunidade científica é o do pesquisador Bruce Douglas, chamado Global Sea Level Rise, publicado no Journal of Geophysical Research em abril de 1991. Douglas fez um estudo sobre as tendências dos níveis marítimos com modelos de cálculo, levando em conta a reação dos continentes em degelo. Um efeito que deve ser considerado é que a crosta terrestre também tem movimentos verticais e ao ocorrer o derretimento de gelo, acontece uma redistribuição de massa no interior dos continentes. Desta forma, quando a crosta "sobe", o nível do mar "desce" em relação a ela.
Os dados apresentados por Bruce Douglas levam em consideração as variações locais, nas proximidades das terras em degelo, e as variações globais. Segundo o cientista, há uma elevação de nível do mar em termos globais de 1,8 milímetros por ano, com desvio padrão de 0,8 milímetros. Outro dado importante é fornecido pelo IPCC(Intergovernmental Panel on Climate Chance, sigla em inglês), que indica um aumento de 10 a 20 centímetros no nível médio global dos oceanos no século XX.
No Brasil, há trabalhos publicados pelo Instituto Oceanográfico da USP que confirmam o aumento do Oceano Atlântico na costa brasileira. Nas medições feitas em Cananéia, no litoral sul do estado de São Paulo, desde o ano de 1955 até 1990, foi calculada uma taxa de elevação de 4,1 milímetros por ano. Em outro relatório, do Instituto Oceanográfico, feito na cidade de Santos, entre 1944 e 1989, ocorreu uma elevação média de 1,1 milímetros por ano, segundo Joseph Harari, um dos autores das duas publicações.
Nas medições e cálculos das médias de elevação, é importante levar em consideração os efeitos locais (erosão, atividades humanas, engenharia e ocupações) e o efeito global, que é o aquecimento do planeta. Também existem variações temporais do nível do mar que podem influir nos números de longos períodos.
Um caso que mistura os fatores regional e global é o aumento do nível da água em Veneza, na Itália. Nos últimos 100 anos o nível do mar subiu 30 centímetros, uma preocupação para os habitantes e as autoridades em uma cidade que vive do turismo e tem vários edifícios históricos. Segundo as informações de Bruce Douglas, o mar do Mediterrâneo sobe em média 1,4 milímetros por ano, o que indicaria a elevação global do aquecimento da Terra. Mas Veneza também tem influências locais importantes, como a construção de um aeroporto com retirada de água subterrânea e compactação do solo, abaixamento da crosta e subida relativa do mar.
O derretimento do geloO fenômeno do derretimento das geleiras acontece no Pólo Norte e no Pólo Sul. O mais preocupante com relação ao aumento do nível global dos oceanos é o derretimento das camadas de gelo na Antártica, no Pólo Sul, porque as geleiras estão sobre um continente enquanto o gelo do Pólo Norte está sobre a água. A Antártica reúne cerca de 90% de todo o gelo da Terra e, segundo projeções do IPCC, se todo este gelo fosse derretido o mar subiria 60 metros.
É preocupante também o derretimento das geleiras montanhosas. A água que desce das montanhas contribui para aumentar o nível do mar. Nos últimos 30 anos, o derretimento do gelo das montanhas está sendo verificado em vários continentes, nos Andes, nos Alpes e nos EUA.
As geleiras existentes sobre os continentes do Hemisfério Norte tem grande influência no aumento das águas, segundo informações de cientistas nos EUA publicadas na revista Science. De acordo com esse estudo, as geleiras de montanhas no Alasca derreteram mais rápido nos últimos cinco anos do que nas últimas quatro décadas e contribuíram em 9% na elevação do nível do mar nos últimos 50 anos. De acordo com esses cálculos, a cada ano o derretimento das geleiras no Alasca eleva em 0,02 milímetros o nível dos oceanos, mais do que em qualquer outra região glacial. Somente a Geleira Malaspina perde 2,7 quilômetros cúbicos de água por ano.
No Hemisfério Sul também se constata o derretimento do gelo. Na ilha Rei George, do arquipélago das Ilhas Shetland, cerca de 7% da área coberta de gelo foi perdida nos últimos 50 anos, com aumento da temperatura em 1,03 graus centígrados. O Brasil coleta informações meteorológicas na Antártica através de imagens de satélites, monitoradas pelo Laboratório de Pesquisas Antárticas e Glaciológicas (Lapag) do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Há dados que apontam um aumento de temperatura, desprendimento de icebergs e recolhimento das geleiras. Pesquisas de outros países como o Canadá e os Estados Unidos, apontam um aumento de 2 a 2,5 graus centígrados na temperatura da península norte da Antártica.
Efeitos na ilha Rei George
1956
2000
Redução
Ilha
1188 km2
1139 km2
49 km2
Calota de gelo
1109 km2
1044 km2
65 km2

Altas temperaturas
O primeiro semestre do ano de 2002 foi o segundo mais quente nos últimos 150 anos, desde quando começaram as medições pelo escritório de Meteorologia do Reino Unido. A temperatura média global de 2002 pode bater o recorde até o final do ano e ultrapassar a do ano de 1998. Pesquisas usando modelos numéricos indicam mudanças na temperatura causadas pelo efeito estufa que concentram mais energia na atmosfera, como um "cobertor" sobre o planeta. Há projeções que apontam dados bastantes catastróficos levando em conta os níveis atuais de emissão de gás carbônico na atmosfera, com resultados como a desertificação.
Um exemplo de probabilidade catastrófica foi calculado no Hadley Centre no Reino Unido e apresentado em julho na cidade de Manaus, numa conferência científica sobre a biosfera. Segundo essas previsões, no ano de 2050, o super aquecimento da Terra causado pela emissão de gases, irá provocar um desequilíbrio ecológico na Floresta Amazônica, que morreria asfixiada. Isso porque as altas temperaturas aumentariam o número de microorganismos no solo, que passariam a emitir um excesso de dióxido de carbono contribuindo para aumentar o efeito estufa.
Microclima
Em São Paulo, as medições do clima são feitas na Estação Meteorológica da Água Funda, próxima ao zoológico. A estação é a mais antiga do Brasil e vai completar 70 anos. As medições são monitoradas pelo Instituto Astronômico e Geofísico (IAG) da USP. Segundo Augusto Pereira Filho, professor de ciências atmosféricas, "as mudanças de temperaturas não são significativas, mas no que se refere ao microclima da cidade de São Paulo, pode-se afirmar que o clima mudou com a urbanização dos últimos 50 anos". Essas alterações no microclima se repetem em todas as grandes cidades
 com o aumento da temperatura e a diminuição da umidade, causados pela falta de área verde, pelo concreto e asfalto, pela construção de prédios que impedem a ventilação, pelo aumento da atividade industrial e da poluição proveniente dos carros. "Antes, São Paulo era conhecida como a 'terra da garoa', mas hoje a garoa no final da tarde está mais rara, no inverno nem chega a cair e é mais comum na periferia", diz Pereira Filho.
Outro fator de alteração no microclima, que gera vários prejuízos, são as violentas tempestades de verão que acontecem na cidade de São Paulo, causando inundações e mortes. Isso ocorre porque a radiação do solo durante todo o dia quente cria sobre a cidade uma "ilha de calor". Como São Paulo está próxima do oceano, no final da tarde a brisa marítima entra em contato com o ar quente acumulado durante o dia, provocando as tempestades.

Influência do ambiente construído no microclima urbano.

O crescimento urbano nos últimos anos; juntamente com a falta de planejamento adequado das cidades brasileiras; provocam degradações e impactos ambientais; impondo transformações ao ambiente e conseqüentemente ao clima. A expressão mais perceptível desta mudança é o aumento da temperatura do ar. Apenas nos últimos anos tem havido maior atenção para fatores microclimáticos no planejamento das cidades; principalmente as de pequeno e médio porte. O presente trabalho visa avaliar o impacto do ambiente construído na formação de microclimas. A primeira parte apresenta considerações gerais sobre a influência da forma urbana na formação de diferentes microclimas; a relevância do tema da pesquisa e seus objetivos. A segunda parte é constituída pelo referencial teórico do trabalho; onde são abordados os temas sobre o clima; os elementos do clima; a classificação climática; a influência do ambiente construído e da vegetação sobre o clima urbano. A metodologia fundamentou-se na elaboração e análise de mapas da área; que permitiram a caracterização do objeto de estudo; o Campus da Universidade Federal de Santa Catarina. Após a elaboração da base cartográfica foram selecionados os pontos para levantamento de dados. Para monitorar as condições higrotérmicas ambientais à medição das variáveis temperatura e umidade relativa do ar foi realizado com o auxilio de um equipamento eletrônico de aquisição de dados HOBO H8. As informações obtidas através do monitoramento dos pontos e os mapas produzidos serviram de base para verificar o efeito da vegetação em ambientes construídos como elemento mitigador do clima urbano; assim como a compreensão da influência do ambiente construído no microclima urbano. Para a análise dos dados; foi utilizado o dendrograma; que possibilitou organizar os dados observados em unidades semelhantes; permitindo assim a visualização de semelhanças entre amostras e posterior análise de regressão linear múltipla; correlacionando os parâmetros de ocupação do solo com os dados de temperatura e umidade relativa do ar obtido nos monitoramentos. Os resultados obtidos demonstraram uma grande influência do ambiente construído sobre a variação térmica da área de estudo; sendo destacadamente a área edificada; a variável de maior influência. Entretanto; ressalta-se que; devido à complexidade apresentada pelo ambiente urbano; o comportamento climático destes ambientes não pode ser explicado isoladamente; sendo mais apropriado a combinação dessas variáveis. Palavras-chave: Arquitetura e Urbanismo; Microclima; Forma Urbana; Vegetação.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

MATERIAL E MÉTODOS


O experimento foi conduzido durante os ciclos de 2005/06 e 2006/07 (desde a poda de inverno até 30 dias após a colheita das uvas, 1a safra - 02/03/06 e 2a safra - 22/02/07), em um vinhedo comercial localizado em Flores da Cunha-RS, situado à latitude 29°06'S, longitude 51°20'W e altitude de 541m. Utilizaram-se plantas da cultivar 'Moscato Giallo' (Vitis vinifera L.) com sete anos de idade (clone VCR1), com porta-enxerto 'Kober 5BB', com espaçamentos de 3,0m entre plantas e 0,9m na linha. As linhas estavam na direção sudeste-noroeste, conduzidas em "Y" e deixando-se, em média, quatro ramos (varas) de quatro a seis gemas e oito esporões de duas gemas por planta. O solo é um Neossolo litólico, segundo a classificação de STRECK et al. (1999). O clima da região é classificado como temperado, do tipo fundamental Cfb, de acordo com a classificação climática de KÖPPEN (1936).
O vinhedo foi dividido aleatoriamente em duas partes, sendo uma das partes com 12 fileiras cobertas na linha de cultivo com lonas de polipropileno trançadas, transparentes e impermeabilizadas com polietileno de baixa densidade, com 160µm de espessura e largura de 2,65m. Na outra parte, foram mantidas cinco fileiras descobertas, cujas linhas centrais foram consideradas como plantas-controle. As plantas apresentavam estatura média de 1,5m e as coberturas ficaram a uma altura de ±100cm, acima da posição central do dossel vegetativo, e ±20cm em cada extremidade, constituindo um V invertido sobre um dossel em Y.
Nas áreas com e sem cobertura plástica, o microclima foi avaliado na altura do dossel vegetativo e no nível dos cachos. Essa avaliação foi realizada através de medições de temperatura e umidade relativa do ar com psicrômetros de pares termoelétricos, velocidade do vento com anemômetros de conchas (50cm acima do dossel vegetativo) e radiação fotossinteticamente ativa (400-700nm), com barras de 1,20m equipadas com cinco células fotovoltáicas de silício amorfo. Todos sensores foram conectados a sistemas de aquisição de dados (dataloggers CR10 e CR21X, Campbell®). Ambos os sistemas foram programados para efetuar leituras a cada minuto e médias a cada 30 minutos. A influência da cobertura na radiação solar incidente ao nível do dossel, na faixa de 300 a 750nm, foi avaliada por meio de cinco medições com espectroradiômetro da marca Li-Cor Inc., modelo LI-1800, nos dias 11/01/06, 13/02/06, 06/03/06, 19/01/07 e 28/03/07 e pela média aritmética.
Utilizou-se o programa R (R-Project, 2007) para análise estatística dos elementos micrometeorológicos (temperatura média, mínima e máxima do ar; umidade relativa do ar; radiação fotossinteticamente ativa e velocidade do vento), e as diferenças entre os tratamentos foram analisadas por regressão linear em função da área descoberta. A significância do coeficiente angular das equações resultantes foi avaliada pelo teste t. Na análise dos dados de radiação fotossinteticamente ativa e velocidade do vento, o intercepto foi fixado em zero, pois sempre que a medida externa for nula a interna deve também ser nula.
Na análise da interferência da cobertura sobre o espectro de radiação solar, os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey em nível de 5% significância.

INTRODUÇÃO


Em regiões com elevada probabilidade de ocorrência de chuvas no período de maturação das uvas, como a Serra Gaúcha, é observada com frequência a realização de colheitas antecipadas, em comparação ao ponto ideal de maturação. Essa prática tem sido realizada com o intuito de evitar perdas ocasionadas por podridões dos frutos, porém resulta no comprometimento da qualidade enológica do mosto pela paralisação do processo de maturação (TONIETTO & FALCADE, 2003). O cultivo protegido pela modificação microclimática que pode produzir se torna uma ferramenta, nessas condições de excesso de chuva, capaz de diminuir a incidência de doenças fúngicas e o número de aplicações de fungicidas (CHAVARRIA et al., 2007).
A utilização de coberturas plásticas no cultivo de plantas pode exercer grande influência sobre as condições microclimáticas. De acordo com CARBONNEAU (1984), em vinhedos existem dois tipos de microclima: 1) natural - correspondente às superfícies da ordem de 10 a 100m2; 2) microclima da planta - caracterizado por variáveis climáticas no entorno de cada planta. Porém, as variáveis micrometeorológicas estão estreitamente ligadas à quantidade e distribuição de folhas no espaço (TEIXEIRA & LIMA FILHO, 1997).
Estudos recentes demonstram que a cobertura plástica altera alguns parâmetros de microclima do vinhedo, em particular as temperaturas máximas, a disponibilidade de radiação solar e a presença de água livre sobre as folhas (FERREIRA et al., 2004; CARDOSO et al., 2008). Uma das principais interferências causadas pela cobertura plástica é o aumento da temperatura relacionado à redução da velocidade do vento, que diminui a perda de calor devido à menor movimentação de ar (SEGOVIA et al., 1997). No caso de estufas plásticas, a temperatura do ar interior difere da externa, dependendo da densidade de fluxo de radiação solar incidente no interior destas e do seu manejo (FERREIRA et al., 2004). Segundo SEEMAN (1979), a alteração da temperatura do ar também depende do tamanho da estufa e do volume de ar a ser aquecido.
Em cultivo protegido com abertura lateral para videira 'Cabernet Sauvignon', em Jundiaí, São Paulo (SP), foi observado que as temperaturas máximas e mínimas do ar, nesse ambiente parcialmente modificado, foram mais elevadas que no cultivo convencional a céu aberto (FERREIRA et al., 2004). Na região conhecida como Serra Gaúcha, CARDOSO et al. (2008) destacaram aumento das temperaturas pelo uso de cobertura plástica, com maior efeito no período diurno e menor sobre as temperaturas noturnas.
No uso da cobertura plástica no cultivo de videiras, a velocidade do vento é substancialmente reduzida (CARDOSO et al., 2008). Sabe-se que a ação dos ventos é importante no cultivo da videira, assim como em outras culturas, por alterar a condição térmica do vinhedo, podendo causar danos mecânicos e inibição fisiológica foliar pelo fechamento estomático (PEDRO JÚNIOR et al., 1998).
A radiação solar que atinge a planta é reduzida pela cobertura plástica. Em algumas regiões do Brasil, tem crescido o uso de coberturas na agricultura, buscando a atenuação da radiação solar e possibilitando o cultivo, principalmente de olerícolas em épocas com alta disponibilidade energética. A atenuação da radiação solar pelas coberturas é importante, pois afeta outros componentes do balanço energético, como os fluxos de calor sensível e latente, além da condição hídrica das plantas e do processo fotossintético (PEZZOPANE et al., 2004).
Estudando o efeito da cobertura plástica de polietileno de baixa densidade (160µm), CARDOSO et al. (2008) observaram interceptação média de 30% na radiação fotossinteticamente ativa incidente sobre o dossel vegetativo. Contudo, sabe-se que essa atenuação da radiação é variável de acordo com o ângulo de incidência dos raios solares na cobertura (SENTELHAS et al., 1997), com a transmitância (CRITTEN & BALLEY, 2002), com o tempo de uso da cobertura (REIS & CARRIJO, 1999; VENTURIN & SANTOS, 2004) e com a cor do filme plástico utilizado (SENTELHAS et al., 1997).
Detalhamentos das modificações que o cultivo protegido pode exercer sobre o microclima da videira são de grande relevância, considerando que todas essas mudanças influenciam o rendimento e a qualidade das uvas. Dessa forma, os objetivos do presente trabalho foram avaliar a influência da cobertura plástica sobre o microclima de vinhedos de Moscato Giallo e caracterizar seus efeitos sobre a qualidade da radiação solar.

ABSTRACT


Microclimate alterations promoted by plastic covering over vineyards interfere in the plant physiology and fungal diseases incidence on grapevines. The aim of this research was to evaluate the influence of the plastic covering on the microclimate of vineyards, in particular on the quality of the incoming solar radiation. The experiment was carried out in 2005/06 and 2006/07 seasons in Flores da Cunha-RS, in a vineyard of Moscato Giallo cultivar shaped in Y, with impermeable plastic (160µm) over 12 rows of 35m length and five rows without covering (control). In both treatments the air temperature and humidity, incoming photosynthetically radiation and wind speed were measured at the level of the canopy and clusters. Continuing measurements were taken through sensors and automatic acquisition systems (datalogger). Influences of the covering on quality of the incoming solar radiation, from 300 to 750nm, were evaluated through a spectroradiometer. The impermeable plastic covering above the plant rows increased the air temperature and decreased the photosynthetically radiation and wind speed. The covering interfered on the quality of the incoming solar radiation, by reducing mainly the irradiance in the ultraviolet band and reducing also the ratio between the irradiance in the red and far-red bands.
Key words: Vitis vinifera, plasticulture, micrometeorology, protected cultivation.
Alterações microclimáticas em vinhedos, provocadas pelo uso de cobertura plástica, interferem na fisiologia das plantas e na incidência de doenças fúngicas em videiras. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da cobertura plástica no microclima de vinhedos, em particular na qualidade da radiação solar. O experimento foi conduzido nos ciclos 2005/06 e 2006/07, em Flores da Cunha, Rio Grande do Sul (RS), em um vinhedo de 'Moscato Giallo' conduzido em "Y", com cobertura plástica impermeável (160µm) sobre 12 fileiras com 35m, deixando-se cinco fileiras sem cobertura (controle). Em ambas as áreas, avaliou-se o microclima quanto à temperatura do ar, umidade relativa do ar, radiação fotossinteticamente ativa e velocidade do vento, próximo ao dossel vegetativo e aos cachos. Medições contínuas foram efetuadas utilizando sensores e sistemas automáticos de aquisição de dados. Alterações na qualidade da radiação solar incidente sobre o dossel vegetativo, no espectro de 300 a 750nm, foram avaliadas por meio de medições durante cinco dias, com espectroradiômetro. A cobertura plástica impermeável à água sobre as fileiras das plantas aumentou a temperatura do ar e diminuiu a radiação fotossinteticamente ativa e a velocidade do vento. A cobertura interferiu na qualidade da radiação solar incidente, principalmente, reduzindo a irradiância na faixa do ultravioleta e a razão entre a radiação nas faixas do vermelho e vermelho-distante.

Microclima Urbano

microclima urbano ou Ilha de calor (o seu efeito principal) é um tipo de microclima que se dá sob qualquer tipo de clima como consequência direta da urbanização de um território. A natureza de cada microclima urbano varia segundo estejam constituides as áreas urbanas, e depende da presença ou não de grandes superfícies de espaços abertos, ris, a distribuição das indústrias e a densidade e altura dos edifícios. Em general as temperaturas são mais altas nas zonas centrais e gradualmente baixam chefa os suburbis, a precipitação aumenta e o vento altera-se e diminui.
Na área urbana há uma mudança no balanço energético, que com freqüência comporta que as temperaturas da cidade sejam mais altas que as dos não urbanos. O balanço energético também está afetado pela carência de vegetação nas áreas urbanas que inibe o repetidamente por evapotranspiração.

O jogo de fatores de meteorologicos, para radiacao solar, temperatura, umidade, a velocidade do movimento de ar, pressao de atmosfera observou em prizemnom o estrato de atmosfera e em resumo corre, e chamado por tempo. Caracteristicas de tempo como bem prozrachnostiu e o estado eletrico de atmosfera, pela disposicao de nebulosidade e pela presenca de condensacao atmosferica.
Tempo difere por mutabilidade. Causa de mudanca seu e o movimento de massas aereas que peremshchaet arejam ao qual de um territorio em outro causar a mudanca de tempo.
Tempo causa sutochnyi o ritmo de fiziologicheskikh v processa e, natural, afeta organizma estatal. e assim, tempo quente, abafado com a umidade alta de ventos de causas de ar em processos de termoregulyatsionnykh e pode conduzir a organizma de peregrevu. e alem, o tempo quente de caracteristicas de ano condicoes favoraveis para vozbuditelei de zhiznedeyatelnosti doencas contagiosas e infektsii de alvine de disseminacoes, as vezes pererastaiushchikh em epidemia.
No periodo interino de ano (outono, fonte) no movimento maior de temperatura, umidade, a velocidade do movimento de organizm de ar nao tem tempo para adaptar a si mesmo as condicoes mudadas de ambiente que como bem contribui respiratornykh de expansao infektsii virotico, das doencas de peripheric sistema nervoso e t. d. A este periodo em ligacoes com soprotivlyaemosti de reducao para vozbuditelyam contagioso frequentemente infecta mais e registrado tal infecta, como gripp, infeccao de adenovirusnye.
Na volta de tempo a pessoas ancias se apareca as puncoes de disposicao de revmatoidnogo. A pessoas com doencas de serdechnososudistymi piora samochuvstvie, fique mais frequente os ajustes de asma de bronkhialnoi, mais frequentemente sao notaveis de miokarda de infarkty e efusao de sangue em cerebro. e alem, contas de tempo instaveis para yazvennoi de obostrenii infectam zheludka e kishki de dvenadtsatiperstnoi, tuberkuleza.
Pode ser advertida a influencia desvantajosa de tempo organizma de zakalivaniem, pela escolha de roupas, pela melhoria de alojamento-todos os dias condicoes e trabalhando condicoes.
Atraves de nome de clima o regime ano-longo de tempo, caracteristica para esta localidade. Clima e dependente em radiacao solar conectada com latitude geografica e localidade de relefa de disposicao, de altura seu em cima de nivel de mar de e a disposicao de vegetacao nesta localidade. e alem, em influencia de clima o movimento de massas aereas nesta localidade e a atividade de pessoa (ditching de pantanos, crescendo de plantacao verde e t. d.).
Em sua volta, de clima depende a natureza de atividade de pessoa conectada com crescer de culturas agricolas, por garantia por produtos de comida, atraves de roupas, morando. Consequentemente, condicoes climaticas estao firmemente conectadas com planejar de lugares povoados e construindo de domicilios, por desenvolvimento os alimentos de ratsionov mais aconselhaveis, com estudos al de et de patologii local (regional).
Porem influencia de clima nas condicoes da vida de populacao nao esta determinando. Em sociedade socialista devido a organizar de medidas preventivas a influencia negativa de fatores climaticos constitui minimo. Estas medidas sao fornecidas para na mudanca do clima de separe lugares povoados dentro favoravel para lado de pessoa. Para tais medidas pertenca: A criacao de pondages, de sistemas de orositelnykh, ditching de localidades pantanosas, dominando de terras de tselinnykh e t. d.
Em amplo territorio a URSS e vista a variedade significante de zonas de klimaticheskikh, o condicional por presenca de mares e oceanos que deixam para usar as possibilidades de fatores climaticos para melhoria e trudyashchikhsya de tratamento. À vista na costa sul do Crimea (clima de mediterranean macio), em Chernomorskom a costa de Caucaso (clima de subtropicheskii), em Zakarpate (clima alpino), em Bashkirii (clima de estepe) e construida as casas de lazer e estacoes de tratamento com aquele fim.
Aclimatacao e uma acomodacao organizma humano para condicoes climaticas novas. Frequentemente a pessoas que batem nestes condicoes, e soprotivlyaemost reduzido a doencas locais. Isto segue para levar em conta em pereezde em localidade com outro clima para advertir o worsenning do estado de saUde conectou com organizma de reacoes de fiziologicheskimi em influencia de klimaticheskoe. Medidas, aclimatacao aceleradora, sao o regime valido higienico de trabalho e lazer, a observancia de regras gigieny pessoal, alimento racional, domicilio e roupas, t. Por ele. Tal mede que solta ou elimina a acao de fatores climaticos desvantajosos.
Por clima de nome de micro-clima em territorio pequeno caracterizado pelo complexo de fatores fisicos teploobmen comovente. e talvez artificial e natural. e assim, o micro-clima de alojamentos fechados, espacos de pododezhnogo, de varios setores de cidade - este micro-clima artificialmente criado. Pelo exemplo de micro-clima natural talvez o micro-clima de racha, polyany de lesnoi e t. d.
Com ajuda de varias medidas pessoa pode mudar condicoes de mikroklimaticheskie. e por exemplo, constantemente com orientar os edificios por porcoes de horison, pode ser melhorado de alojamentos de insolyatsiiu. Para diminuir a velocidade do movimento de ar que tem alisado por cima assim micro-clima, ozelenyaiut o territorio de selecoes residenciais. e alem, plantacao verde defende territorio com zastroikoi residencial de po e barulho.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Integrantes



Joanna D'arc Souza da Silva
Maria Millena Costa
Mayara dos Santos Barros
Maysa de Oliveira Soares
Sthephany Inghrid Gomes da Silva
Suyanne Alves de Carvalho
Thayane Cavalcante Mendes da Silva
As construções vêm desertificando áreas, além de pela mal educação dos moradores dos residenciais é gravemente encontrado poluição nos afluentes que circudam os residencias fazendo com que haja alterações microclimáticas severas.
Com isso, o projeto visa a sensibilização e parceria com órgãos competentes para a solução das diversas problemáticas.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nosso projeto tem como tema "Análise Microclimática no Edifício Jardim Petrópolis".
É um projeto que estuda a Interferência microclimática na Climatologia Geral da região, delimitadamente no município de Camaragibe e em Jardim Petrópolis por influência de condomínios.

Quem somos nós?

Somos um projeto do Colégio Anglo Líder-Camaragibe, iremos nos apresentar na FENECIT (Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia).